No último domingo (25), data em que se celebra o Dia Internacional da Criança Desaparecida, um levantamento preliminar das Autoridades Centrais Estaduais aponta um aumento de 3% no número de registros de crianças desaparecidas no Brasil. O relatório completo deve ser divulgado em agosto, mas os dados já reforçam a relevância da data como instrumento de conscientização. k2ui
De acordo com Iara Sennes, coordenadora de Políticas de Pessoas Desaparecidas da Secretaria Nacional de Segurança Pública, apesar do aumento nos desaparecimentos, também houve avanço significativo na taxa de localização dessas crianças.
"Os números indicam um crescimento de 3% nos registros de crianças desaparecidas em nível nacional. Porém, tivemos um avanço importante: a taxa de localização subiu 15%, ando de 69% em 2023 para 76% em 2024", destaca a coordenadora.
Uma das possíveis razões para esse resultado mais positivo é a campanha "Não Espere 24h", que chega à sua segunda edição neste ano. A iniciativa visa combater a desinformação e alertar sobre a importância do registro imediato em casos de desaparecimento, desmentindo a ideia equivocada de que é necessário esperar um determinado tempo para acionar as autoridades.
“Não há – e nunca houve – qualquer exigência de tempo mínimo para registrar o desaparecimento de alguém. Assim que a ausência da criança for percebida, especialmente se ela deixar de frequentar os locais habituais, o caso já deve ser tratado como urgente e prioritário pelas autoridades, e as buscas devem começar imediatamente”, reforça Iara.