O deputado estadual Caporezzo (PL) protocolou na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), na última terça-feira (13/5), o Projeto de Lei nº 3.757/2025. A proposta proíbe o atendimento a bonecas "reborn" e outros objetos inanimados na rede pública de saúde do estado. Segundo o parlamentar, a medida busca conter “devaneios da sociedade contemporânea” que, segundo ele, colocam em risco a população. 4e2y6r
O projeto prevê multa de dez vezes o valor do serviço prestado indevidamente. Os valores arrecadados seriam destinados ao tratamento de pessoas com transtornos mentais.
Na justificativa, Caporezzo critica o que chama de “distopia generalizada” e cita casos de “pais” de bonecas reborn buscando atendimento emergencial no SUS. Para ele, essa prática atrapalha quem realmente precisa de cuidados e representa desperdício de recursos públicos.
O deputado também menciona que advogados vêm sendo procurados para tratar de “tutela” de bonecas em separações e até de heranças. Ele considera isso uma distorção do Direito Civil.
Caporezzo conclui afirmando que, diante de uma sociedade que aceita mudanças de identidade até em nível animal, a proibição do atendimento a bonecas “é um sinal de quanto a sociedade está perdida”.
A Prefeitura de Belo Horizonte informou que não há registros desse tipo de atendimento. A Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) foi procurada, mas não respondeu até a publicação desta matéria.